Não me apaixono fácil. Sou romântica é
verdade, mas quando se trata de amor eu mantenho os pés no chão. Meu
coração já está vacinado à mentiras prontas, promessas vazias e discurso
decorado. Ele já sabe como as histórias terminam. Não me apego
as palavras, não me apego naquilo que a boca diz. Eu fico atenta em
pequenos gestos, esses me cativam para sempre. Eu troco qualquer pedaço
de frase pronta por um abraço apertado, um sorriso sincero e um olhar
que me vire do avesso. Quero olho no olho, andar de mãos dadas, quero
pedido para estrela cadente bem acompanhada. Amor para mim é sagrado, é
presente dos céus. É Deus cuidando da gente de pertinho. Eu acredito na
sintonia perfeita de abraço, do poder que o beijo tem; acredito nas
cócegas que carinho sincero faz no no coração. Não me doo a toa. Me
apaixonei poucas vezes na vida, não é que meu coração se blinde ao amor,
mas ele se desperta com atitudes que meus olhos não podem ver. Eu me
apaixono pelo o que outro é de verdade. A beleza exterior eu descubro
com o tempo. Gosto de colo, de cafuné. Sou chameguenta assumida. Mimo
sem pensar. Quando o amor me toca aflora o que há de mais bonito no meu
coração e os gestos por si só desenham um tanto do meu amor.
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